Movimentos de Direita que se notabilizaram no impeachment de Dilma Rousseff prometeram a maior manifestação de todos os tempos contra Jair Bolsonaro em 12 de setembro. Como o protesto só acontecerá em dois meses, MBL, Vem Pra Rua e Livres já começaram a fazer campanha nas redes sociais. A mobilização – que não foi articulada com os grupos de esquerda – ficou para setembro sob a alegação de que até lá a população adulta estará vacinada (pelo menos com a primeira dose). A aposta é que o governo siga em queda livre na popularidade até lá e que a população crítica ao governo, mas que não se identifica com a esquerda, adira ao protesto. “Pelas mentiras e estelionatos eleitorais. Pela aliança com os corruptos. Pelas rachadinhas e pela propina na vacina. Pelas 520 mil vidas perdidas”. Enquanto os movimentos e representantes do PSL e Novo participavam do anúncio, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, fazia um discurso lido no plenário onde dizia que o “combate à corrupção está no DNA do governo Bolsonaro” e que o Executivo tomou, ao longo desses últimos anos, todas as medidas de compliance contra a corrupção. Barros anunciou que recorreu ao STF para que sua oitiva na CPI aconteça antes do recesso parlamentar.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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