A CPI da Pandemia quer colar um alvo nas costas do senador Flávio Bolsonaro. A cúpula da comissão decidiu que vai investigar as informações prestadas pelo ex-governador Wilson Witzel de que o senador teria indicações em hospitais no Rio e seria próximo de um empresário que já teria confessado ter participado de esquemas de corrupção na saúde do estado. Sentindo o chumbo quente, Flávio protocolou na Comissão de Ética uma representação contra Renan Calheiros, acusando-o de perseguição – essa ação deve dar em nada, mas serve como discurso político. Ao retornar dos trabalhos em agosto, e com prazo estendido até novembro, a CPI buscará todas as formas vincular esquemas de corrupção na saúde à gestão Bolsonaro. Se puder incluir o filho dele, para os membros da comissão, melhor ainda. O governo terá de utilizar o recesso para atrair mais aliados no Senado, onde tem sofrido alguns revezes.