O Centrão, principal parceiro do governo no Congresso Nacional, anda calado sobre os ataques do presidente Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas, em especial contra os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. Fábio Trad (PSD/MS) lamentou que o bloco “finge que não está vendo” os últimos acontecimentos e considerou que Bolsonaro ataca a magistratura porque no Parlamento a situação está sob controle do Centrão. A oposição acompanha com preocupação a “corda esticada”, mas avalia que por trás dos arroubos autoritários do presidente existe a intenção de desviar a atenção da sociedade para a agenda em pauta. Bira do Pindaré (PSB/MA) acredita que trata-se de “cortina de fumaça para a boiada passar no Congresso”. Rubens Pereira Jr. (PCdoB/MA) avalia que Bolsonaro “não vai cruzar a linha”, mas que já chegou a hora de o Legislativo engrossar o tom para impor limites, como o Judiciário fez. A oposição prevê que Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) não conseguirá as 171 assinaturas necessárias para a CPI das urnas eletrônicas porque o Centrão não vai aderir à provocação ao TSE. Se prosperar a coleta de assinaturas, a oposição aposta que Arthur Lira escolheria deputados moderados para comandar a CPI em eventual autorização para seu funcionamento.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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