A participação de Bento Albuquerque na CME foi marcada por falas evasivas sobre a crise hídrica, ao mesmo tempo que garante que não haverá racionamento de energia ou água. O ministro de Minas e Energia não deu detalhes sobre a futura MP e se limitou a deixar claro que tem dado entrevistas para garantir que o governo não prevê nenhuma medida de racionamento. “Trabalhamos 24 horas por dia para eliminar riscos futuros”, disse ao falar que pretende chegar em 2022 sem medidas excepcionais ou bandeiras altas. Questionado por deputados, afirmou que o MME avalia muitas medidas, especialmente na gestão dos reservatórios, mas não quis se comprometer com a possibilidade de adiantar leilões de transmissões para este ano, o que segundo parlamentares poderia incluir até 4GW de geração na rede. Albuquerque tentou justificar a contratação de térmicas da MP da Eletrobrás como forma de dar mais segurança energética, mas admitiu que a geração só deve entrar para valer a partir de 2026. Entre deputados, o leitura é de que Bento não convenceu. “Não tem plano nenhum, está completamente confuso”, disse Zarattini, um dos autores do pedido da audiência. A avaliação se estendeu a parlamentares de Centro, que também pensam que faltou posição mais firme sobre o que deve ser feito nos próximos meses.
Equipe BAF- Direto de Brasília
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