Em audiência pública nesta terça, a bancada de Minas cobrou do governo uma programação para garantir a recuperação dos reservatórios, especialmente o de Furnas. O debate foi localizado entre deputados mineiros, mas a bancada demonstrou que o nível de insatisfação está muito alto. Eles cobram promessa feita pelo próprio governo no ano passado de ações do ONS e do MME para garantir a cota 762 da represa. A insatisfação pela falta de planejamento foi vista também entre representantes dos governos de SP e MG, que culparam a falta de planejamento do Executivo. Piorou o clima o fato de que o governo judicializou uma emenda estadual que tentava manter a obrigação do nível. Porém, em meio à crise hídrica, os órgãos governamentais deixaram claro que não há perspectiva real de que o nível requisitado será atingido neste ou no próximo ano, especialmente com a MP da Crise Hídrica que escanteia a ANA e outras agências das discussões. Domingos Sávio (PSDB-MG) requisitou um planejamento do MME e ONS para iniciar as novas regras de operação que seria entregue em 45 dias e, se não tiver, avalia propor uma CPI. À interlocutores, diz que tem apoio de Rodrigo Pacheco para medidas mais “drásticas”. A tensão tem tudo para dificultar a vida da MP da Crise Hídrica. Embora só deva começar a tramitar em meados do segundo semestre, já é alvo da bancada mineira como forma de garantir a recuperação dos reservatórios.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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