O motivo que levou Arthur Lira a extinguir a comissão especial da Reforma Tributária na Câmara foi a decisão do presidente da comissão mista, senador Roberto Rocha, de abrir prazo para os parlamentares enviarem sugestões de mudanças ao relatório de Aguinaldo Ribeiro. Segundo fontes, o combinado entre Lira e Ribeiro era que só houvesse a leitura do parecer e os trabalhos do colegiado misto se encerrassem ali. O presidente da Câmara já alimentava uma indisposição com Ribeiro desde a eleição para a Mesa Diretora da Casa e voltou à tona com a demora na entrega do parecer. Líderes sustentam que o substituto de Ribeiro ainda não foi sacramentado, mas contam que Lira ouviu pedido de Luís Miranda para assumir a função durante sua campanha para presidente da Câmara. O sentimento é de que a PEC 45 está praticamente morta, ainda que algumas lideranças estejam analisando o texto de Ribeiro para extrair propostas dele. “Está tudo muito em aberto”, disse um líder ao BAF. A tendência hoje, avaliam os líderes, é fatiar o tema e avançar apenas com o projeto do governo que cria a CBS. Lira teria força política, dizem os deputados, para aprovar um PL, há dúvidas se ele levaria adiante uma PEC. Ainda não há acordo de procedimentos para apreciação do que “sobrar” da reforma. Neste momento, dizem os líderes, o presidente da Câmara vem assumindo as rédeas do tema sem demonstrar muita preocupação com eventuais incômodos causados pelo episódio da extinção da comissão da Câmara.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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