À espera do que vai sair do Senado, deputados ouvidos pelo BAF disseram que duvidam da possibilidade de passar um texto pelo Congresso que desvincule os investimentos mínimos previstos na Constituição para Saúde e Educação. A manutenção da medida pelo relator da PEC Emergencial, senador Márcio Bittar (MDB/AC), é vista como uma mera iniciativa para agradar ao ministro Paulo Guedes e já ganha forte resistência dos próprios senadores. “Não passa nem no Senado, quanto mais na Câmara”, avaliou um deputado da oposição, que aposta numa desidratação maior.  Presidente da Frente Mista do Novo Pacto Federativo, o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos/PE) disse que vai sugerir a Bittar a retirada da desvinculação e lembrou que, caso o ponto seja aprovado pelos senadores, na Câmara não passa. “Sugiro aos senadores que construam o melhor texto para aprovarmos de forma mais célere na Câmara”, enfatizou o deputado. As bancadas da Saúde e da Educação no Congresso são suprapartidárias e mobilizadas, a aprovação do Fundeb no ano passado evidenciou essa eficiência. O deputado Felipe Rigoni (PSB/ES) acredita que se tirar a desvinculação, a PEC Emergencial “até tem chance” de ser aprovada com celeridade e afirmou que a inclusão o item criou “resistência à toa” à proposta.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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