Há um sentimento crescente entre os parlamentares para derrubar o veto presidencial referente aos R$ 8,6 bi (destinados ao combate à pandemia) negados por Jair Bolsonaro na MP 909. Deputados e senadores classificam a decisão como “absurda” e dizem que a justificativa de que a liberação implicaria em “crime de responsabilidade” é inconcebível porque o Executivo está protegido pela decretação da calamidade. Os partidos do Centrão, novos aliados do governo, pediram que o Executivo explique os critérios que levaram ao veto presidencial, uma vez que a medida foi aprovada com ampla maioria na Câmara e no Senado, sem objeção do governo. “Criou um ambiente ruim (para o governo)”, resumiu um deputado do Centrão. O veto à suspensão da execução de garantias e contragarantias para dívidas relacionadas a empréstimos com instituições financeiras também caminha para ser derrubado. Como já era previsto, prefeitos e governadores começaram a pressionar os parlamentares e muitos preveem que entre o governo federal e suas bases eleitorais, o Centrão ficará com o segundo. Ao BAF, um governador reclamou que os pontos vetados por Bolsonaro foram frutos “de acordo com o Ministério da Economia, líderes do governo e oposição, Câmara, Senado, prefeitos e governadores. Foi o ponto de equilíbrio para o entendimento e aprovado praticamente por unanimidade nas duas Casas Legislativas”. O veto que deve ser mantido é o congelamento do salário dos servidores.

Daiene Cardoso e Chico de Gois – Direto de Brasília

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