Aliados de primeira hora de Jair Bolsonaro sentiram o baque causado pela prisão de Fabrício Queiroz. Eloquentes nas redes sociais, a maioria se mantém nesta quinta-feira em silêncio, entre eles Carla Zambelli (PSL-SP). O príncipe Luiz Philippe (PSL-RJ) preferiu atacar o inquérito das fake news, já Otoni de Paula (PSC-RJ) reclamou da quebra do sigilo bancário, telefônico e de internet contra parlamentares. Dos bolsonaristas, Daniel Silveira (PSL-RJ) tocou no assunto no Twitter e escreveu que dará seu sangue para que “esse sistema de detenção sem questionamento” não torne o Brasil “um perigoso e potente meio de opressão e abuso”. Além dos parceiros ideológicos, os novos aliados do Centrão também não comentaram o assunto publicamente. Já os parlamentares do bloco independente avaliam que a prisão traz muita turbulência para o governo e compromete o discurso de Jair Bolsonaro. “(Está) desmoronando a narrativa de combate à corrupção e explica a tentativa de colocar a mão grande na PF e no COAF para blindar o grupo da família palaciana”, concluiu o vice-presidente do Cidadania, deputado Rubens Bueno (PR). O deputado acredita que o conteúdo das provas tende a ser mais impactante que uma eventual delação de Queiroz. O deputado Danilo Forte (PSDB-CE), um dos mais experientes do Congresso, avalia que o cenário político pode comprometer a pauta econômica.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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