Embora ainda não tenha um plano de trabalho definido, os primeiros requerimentos apresentados pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia, jogaram uma bomba no colo do governo ao buscar informações oficiais sobre temas espinhosos, como aquisição de vacinas, medicamentos sem comprovação científica, plano de comunicação e informações sobre regulamentação da Lei 13.979/2020 sobre isolamento social e quarentena. Em seu discurso, Renan foi hábil ao elogiar antigos desafetos – como Tasso Jereissati (PSDB-CE) – e adversários atuais __ como Ciro Nogueira (PP-PI), a quem disse que é mais amigo do que outros –, e mandar vários recados, como quando disse que não é o Exército que estará sob análise. Renan elogiou, várias vezes, a ciência e atacou o obscurantismo, além de afirmar que tem horror ao fascismo – um adjetivo que a esquerda costuma se referir ao presidente Bolsonaro. O discurso de Renan já deixa claro que, sim, o Palácio do Planalto tem razão para se preocupar porque as linhas mestras pelas quais se guiará têm como ponto final o governo federal.

Chico de Gois – Direto de Brasília

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