Renan Calheiros, que nos bastidores sinalizava com uma postura menos beligerante na CPI da Covid, abriu novamente sua artilharia. Já no início da sessão comparou a crise da pandemia no Brasil com o Holocausto e fez duros questionamentos a Mayra Pinheiro, conhecida como a ‘capitã cloroquina’ do Ministério da Saúde. Ele expôs contradições da médica, que tentou atenuar seu papel no tratamento precoce e distribuição de cloroquina. Também extraiu dela que o sistema TratCov não foi literalmente hackeado, tendo havido o que ela chamou de “extração indevida de dados” e sem alteração de seu conteúdo. Dadas as declarações de integrantes da CPI de que uma espécie de delação premiada poderia ser oferecida a depoentes, a estratégia de Renan parece ir em tal sentido. Deixar claro que Mayra será duramente responsabilizada por suas ações e que sua única chance é entregar a cabeça de Eduardo Pazuello e de Jair Bolsonaro para salvar a própria.
Severino Motta – Direto de Brasília
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