Líderes partidários consideram que uma participação ativa do governo é essencial para construir consenso em torno de diferentes interesses econômicos – principalmente entre Estados – que atrapalham o avanço da reforma tributária. Na opinião do líder do DEM, Efraim Filho, “o fato de não haver uma proposta formalizada mostra uma concordância tácita à reforma da Câmara. Então, em vez de mandar uma, o governo poderá sugerir mudanças para que ela tenha uma espinha dorsal”. Alguns líderes do Centrão esperam uma posição clara do governo para ajudar “a zerar o jogo” e balizar o debate. Depois de atrasar o envio de uma proposta no ano passado, o governo voltou a acenar ontem com uma possível reedição da CPMF, imposto impopular que precisaria de um trabalho de convencimento muito forte para sair do papel.