O PSL não deve conseguir a primeira vice-presidência da Câmara. Isso porque Arthur Lira (PP/AL) já tinha um acordo com o PL, desde o final de 2020, para ter Marcelo Ramos (PL/AM) no cargo pelo bloco. Ramos abriu mão de lançar uma candidatura e passou a circular com Lira nas viagens pelos Estados, se tornando um dos principais articuladores da candidatura. Lira deve oferecer outro posto aos aliados ideológicos de Jair Bolsonaro, proporcional aos 32 votos que a bancada deve entregá-lo. A “base-raiz” de Bolsonaro virou cabo eleitoral de Lira porque o candidato se comprometeu a levar a pauta conservadora para discussão no colégio de líderes, mas não garantiu votar e aprovar. Temas como flexibilização do acesso a armas, por exemplo, devem sofrer resistência da maioria dos líderes. Já a mudança no regimento para limitar o kit obstrução é uma bandeira que, numa eventual gestão Lira, poderá acontecer.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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