PSDB órfão de renovação

A saída de cena de Bruno Covas deixa o tucanato órfão de quadros expressivos que possam renovar o partido em âmbito nacional. O prefeito de São Paulo não tinha ainda o gigantismo político de Mário Covas, mas desde que assumiu o posto de mandatário da maior cidade do País vinha construindo sua projeção, com personalidade distinta das características do avô. Na Câmara, o herdeiro do clã Covas tinha atuação ofuscada pela velha guarda tucana, mas sua inteligência e elegância no trato dispensado aos adversários sempre chamaram a atenção. Bruno Covas deixa a vida no momento de crise interna no ninho tucano, que segue rachado e sem rumo. O partido tenta superar o vexame das urnas em 2018 e busca um candidato presidencial competitivo. Brigado com o DEM de ACM Neto, flerta com o apoio do MDB. Da geração de Bruno Covas com capacidade de ascensão são poucos, como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e Bruno Araújo, presidente do partido. O PSDB envelheceu, perde prematuramente figuras promissoras e busca desesperadamente nomes que possam manter sob os holofotes a bandeira da social democracia.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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