Dois ministérios estão trabalhando para criar a estruturação do programa Pró-Brasil, já divulgado pelo governo federal em abril. Os detalhes estão sendo apresentados por integrantes do Ministério da Infraestrutura e de Minas e Energia para agentes do setor. O programa pretende viabilizar a contratação e doação de estudos por parte de associações setoriais e/ou sponsors para o governo, com garantia de blindagem dos atores envolvidos para que não haja vantagem competitiva indevida. A ideia é que as consultorias sejam pagas por terceiros e ajudem o governo a organizar os projetos nas áreas de transporte, energia e mineração, incluindo mudanças regulatórias, investimentos públicos e privatizações de ativos. Os resultados das consultorias seriam concentradas pelo MInfra e compartilhados com o MME. A articulação da estruturação do programa, concebido pela ala militar no governo, não tem passado pela Economia, tornando visível um descompasso que existe desde o ano passado pelo menos com a pasta de Minas e Energia. Paulo Guedes e outros secretários, como Salim Mattar e Martha Seiller, apostam na “fábrica de projetos” e privatizações aceleradas como caminho para retomada econômica após a pandemia.