Jair Bolsonaro conseguira neutralizar o protagonismo de João Doria ao moderar seu discurso nos últimos meses, mas ao se opor hoje à compra da vacina chinesa patrocinada pelo governo de São Paulo, reativou o embate político que promete agitar a agenda eleitoral. Em uma longa entrevista coletiva em Brasília, João Doria fez um discurso direcionado aos “brasileiros”, criticou a postura ideologizada do presidente da República e cobrou “grandeza e sentimento humanitário” de Bolsonaro. O tucano também tocou em pontos sensíveis para o governo: lembrou os mais de 150 mil mortos pela Covid-19, ressaltou que a economia não deslancha e o número de postos de trabalho não cresce. O governador fez questão de dizer que os líderes do governo no Congresso (Eduardo Gomes, Fernando Bezerra e Ricardo Barros) participaram da reunião que indicou a compra da vacina chinesa. Doria sinalizou que os líderes chancelaram a decisão e que ao desautorizar publicamente o ministro Eduardo Pazuello, Bolsonaro também acabava passando por cima da articulação de seus líderes. Após a entrevista, Doria foi às redes sociais e pediu que o presidente “lidere o Brasil”.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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