Arthur Lira conseguiu se impor e aprovar nesta tarde a reforma no regimento interno que limita o espaço de obstrução da oposição. O presidente da Câmara saiu vitorioso por 337 votos sim e 110 não. Pelas novas regras, por exemplo, fica extinto o requerimento de votação “artigo por artigo”, sessões passam a funcionar sem limite (com possibilidade de suspensão por no máximo 1 hora), reduz-se o tempo de encaminhamento de requerimentos, torna-se mais difícil apresentar emendas aglutinativas, impede-se requerimento de retirada de pauta quando houver urgência aprovada e impossibilita-se requerimento de adiamento de discussão quando um requerimento de encerramento já tiver sido aprovado, entre outros. A oposição admitiu que conseguiu “reduzir danos” em relação à proposta original, mas seguiu no plenário acusando Lira de “ditador”. O debate foi acalorado e Lira chegou a pedir que parlamentares “se contivessem”. O bloco oposicionista lembrou que hoje quem é minoria – com capacidade de atuação reduzida a partir de agora – amanhã poderá ser maioria. O objetivo do presidente da Casa é tornar os debates em plenário mais céleres e facilitar a aprovação de projetos de interesse do governo. As novas regras passam a valer a partir de amanhã, com a publicação da aprovação do projeto de resolução. Neste momento, Lira dá início à apreciação do novo Licenciamento Ambiental, ainda sob as regras antigas de votação.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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