Arthur Lira anunciou nesta tarde nas redes sociais que a instalação da comissão especial da Reforma Administrativa acontecerá amanhã, mas das 34 vagas para titular no colegiado, só sete foram preenchidas pelas bancadas até agora. Os nomes formalizados são do relator Arthur Maia (DEM/BA), Kim Kataguiri (DEM/SP), Marcelo Moraes (PTB/RS), Acácio Favacho (PROS/AP), Paulinho da Força (SD/SP), Gervásio Maia (PSB/PB) e Milton Coelho (PSB/PE). Isso significa que os partidos vão ter de correr nas próximas horas para indicar seus representantes até amanhã. As reuniões seguem em Brasília e não está claro ainda por quanto tempo Fernando Monteiro (PP/PE), presidente da comissão, pretende estender os trabalhos. Quando o tema ainda estava na CCJ, Monteiro dizia que a discussão de mérito poderia seguir até setembro. Vice-líder do PCdoB, a deputada Perpétua Almeida (AC) disse ao BAF que haverá um “grande embate” no colegiado e sinalizou que a oposição vai brigar para que se cumpra o calendário de 40 sessões plenárias para votar a matéria. Boa parte dos deputados ainda tem dúvida sobre o quanto o governo quer essa matéria aprovada no Congresso em ano pré-eleitoral. Para o vice-líder do governo na Câmara, Joaquim Passarinho (PSD/PA), se o presidente Jair Bolsonaro foi convencido pelos seus auxiliares a mandar a proposta é porque quer vê-la apreciada. “Se o governo não quiser a administrativa, que retire”, afirmou. “Querer o governo quer, embora Bolsonaro saiba que ela cria um problema para ele entre os servidores, base dele, como as polícias”, concluiu Perpétua.
Daiene Cardoso e Chico de Gois – Direto de Brasília
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