A semana se encerra sem que nenhuma ideia mais aprofundada sobre o Renda Cidadã tenha vindo à tona. Isso porque os aliados do governo se blindaram, evitaram ao máximo entrar em detalhes sobre o que pode vingar. Relator da PEC Emergencial e da LOA, o senador Márcio Bittar disse nesta semana que gostaria de ver o Renda Cidadã resolvido em 2020 e reforçou a importância de ter um programa mais robusto para atender a população desassistida no pós-pandemia. Mesmo em conversas reservadas, o líder Ricardo Barros tergiversou sobre o assunto, se limitou a dizer que não está em cogitação prorrogar o auxílio emergencial e que a ordem é deixar tudo para resolver após as eleições municipais. Brasília anda em ritmo muito lento com o calendário eleitoral, mas deve ganhar algum movimento na semana que vem se confirmada a sessão do Congresso de análise de vetos presidenciais. Ainda assim é prematuro dizer que definições sobre o tema sairão nos próximos dias porque o universo político elegeu uma data quase cabalística para começar a resolver os problemas que se avolumam: 15 de novembro, primeiro turno das eleições.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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