Ao dizer mais cedo que, para recriar o auxílio emergencial não pode haver aumento automático de verbas para educação e segurança, Paulo Guedes se posicionou em meio às discussões da volta da ajuda financeira à população mais carente, mas tocou em duas áreas com grande força de mobilização no Congresso Nacional. Congelamento de recursos teria potencial para despertar a fúria das bancadas da bala e da educação, essa última vitoriosa no ano passado com a aprovação da PEC do Fundeb e a regulamentação do fundo em poucos meses. As duas bancadas são conhecidas pelo poder de articulação política. Com a definição das presidências da Câmara e do Senado, o tema entrará no radar dos parlamentares com força. Ontem, Arthur Lira (PP/AL) defendeu a busca de formas para viabilizar a volta do auxílio dentro do teto de gastos. Na opinião de Lira, é obrigação da Casa abrir o debate em torno da análise de espaço fiscal e ele não pode se concentrar em apenas um foco, como o abono salarial, por exemplo. “Não pode ser só nas costas do abono”, disse.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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