A declaração de Jair Bolsonaro ontem jogou água no chope do setor sucroenergético e acabou de vez com a chance de um aumento da Cide para a gasolina. Embora houvesse concordância para o aumento em três ministérios, ninguém está disposto a peitar o presidente em um momento de ânimos exaltados devido à crise do Executivo com o Judiciário. Nos bastidores, Tereza Cristina é a ministra mais irritada com a decisão, já que o Mapa mantém maior diálogo com o setor de cana-de-açúcar e havia prometido solução para usineiros. Na Economia, o clima ontem era de alívio. Paulo Guedes cedeu a outros ministros, mas não gostava da ideia do aumento de imposto. Bento Albuquerque, do MME, que anteontem havia prometido uma solução ao etanol na próxima semana, ainda tenta negociar a isenção de PIS/Cofins para não deixar produtores de ‘mãos abanando’. O BNDES também estuda linha de crédito para estocagem do combustível, um pedido antigo do setor.

Equipe BAF – Direto de Brasília

08 de maio de 2020 – 19:25