O discurso do presidente Bolsonaro na abertura da assembleia geral da ONU, feito agora há pouco, não causou surpresa interna. O presidente valeu-se do negacionismo para falar das queimadas no pantanal e do desmatamento na Amazônia e declarou que, a despeito de mais de 135 mil mortos, a atuação do seu governo foi um sucesso no combate à pandemia. Bolsonaro não perdeu a oportunidade de defender Donald Trump e de atacar a Venezuela, culpando-a pelo vazamento de óleo no litoral brasileiro no ano passado, embora as investigações feitas por autoridades brasileiras não tenham conseguido identificar qual navio foi responsável pela derrama. Ao invés de apresentar o país como uma boa oportunidade para investimentos, o presidente preferiu ir por uma pinguela na qual se equilibra melhor: o discurso ideológico.