Lideranças ouvidas pelo BAF avaliaram como ousado o calendário proposto pelo relator da MP da Eletrobras. A ideia do deputado é apresentar uma prévia do relatório já na semana que vem, com a possibilidade de votar a MP entre 17 e 20 de maio, o que na prática dá uma semana para aprovação da privatização da estatal na Câmara. “É ousado para não dizer irreal”, brincou um deputado do Centrão. Eles lembraram que o governo demorou mais tempo para aprovar matérias menos polêmicas, como a autonomia do Banco Central no início do ano, que não há tanto impacto eleitoral e também em um momento em que Lira estava muito fortalecido entre os deputados. Apenas a atuação – garantida – da oposição para obstruir o texto pode esticar o prazo em duas ou três semanas, o que deixa menos tempo para o Senado avaliar a medida. Há ainda outro problema antecipado pelos deputados: mesmo que o calendário se cumpra, o Senado começa a discutir a matéria na reta final do prazo da recém criada CPI da Pandemia, o que também pode contribuir negativamente com o andamento da proposta do governo.

Equipe BAF – Direto de Brasília