Movimentos no mundo jurídico devem solidificar a fidelidade do Centrão a Bolsonaro. Pela manhã, a imprensa noticiou que a PGR voltou atrás e não vai mais denunciar Arthur Lira por supostamente ter recebido propina de empreiteiras durante o petrolão. Agora, se Bolsonaro optar de verdade por Kassio Nunes para a vaga de Celso de Mello, será a cereja do bolo. Nunes tem o apoio explícito de Ciro Nogueira e de outras lideranças políticas. A nomeação de Nunes, e a falta de apetite da PGR em denunciar políticos, fecha um círculo que pode enterrar de vez qualquer sombra da Lava Jato – sempre lembrando que Bolsonaro escolheu um procurador-geral que agradou a classe política. Nem nas divagações de Romero Jucá, que queria estancar a sangria da Lava Jato, podia-se acreditar que um presidente que se elegeu falando mal do centrão, dos políticos tradicionais e das roubalheiras iria dar a esses políticos o que mais almejam: garantia de impunidade. E é isso que garante a fidelidade.
Chico de Gois – Direto de Brasília
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