Bolsonaro passa a ser o responsável por gerir a crise

Depois de cerca de duas horas de reunião entre o presidente Bolsonaro, governadores, presidentes de poderes e ministros o resumo prático do encontro foi: vacinação em massa e criação de um comitê, com reunião semanal, para discutir a crise da pandemia. No entanto, nas declarações ficou claro que Bolsonaro continua insistindo em tratamento precoce e apelou para que não haja uma “politização da solução do problema”. Coube ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, dar o tom político: ele lembrou que o comitê será liderado “por quem a sociedade espera que lidere”, que é o presidente da República. Arthur Lira também deixou claro um dos problemas que devem ser atacados: a comunicação. Para ele, é importante ter um único discurso e despolitizar a pandemia e desarmar os espíritos – mais uma indireta para Bolsonaro. E, finalmente, coube ao governador Ronaldo Caiado falar a palavra proibida: distanciamento social. “É preciso pedir a todos que entendam que, em situações críticas como as que estamos vivendo, se faz necessário o distanciamento social”. Os recados foram dados na sala de reuniões e em público. Bolsonaro, agora, de fato e de direito, passa a ser o coordenador da crise da pandemia e poderá ser cobrado por isso.

Chico de Gois – Direto de Brasília

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