O governo mudou de rumo e, agora, dá mostras de que quer tocar as reformas. A mudança se deve ao fato de que, no entorno do presidente e ele próprio, há a convicção de que é necessário pensar em alguma coisa para oferecer aos mais pobres assim que o auxílio emergencial terminar, em dezembro. O fato relevante é que o próprio Bolsonaro tem participado das articulações, o que não se via até então. Diariamente, ele tem recebido líderes do Congresso e discutido cenários. Por conta disso, autorizou que Paulo Guedes levasse adiante a ideia da CPMF, já encampada pelos líderes. Falta, no entanto, encontrar um discurso para justificar o novo imposto. Falar em desoneração da folha, apenas, não é muito convincente porque ainda há a sensação de que o patrão será poupado, e o empregado ficará com menos direitos. Mas Guedes esboçou um slogan que talvez cole: prioridade é criar empregos e renda e substituição tarifária. Só é preciso fazer a ideia caber no papel.

Chico de Gois – Direto de Brasília

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