Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro Bento Albuquerque tenta acalmar os ânimos do mercado e da população sobre a possível falta de energia que o País pode passar na segunda metade do ano. Embora a tentativa seja de não criar pânico, o que é esperado de qualquer autoridade do governo, o ministro mostra poucas soluções concretas. O despacho de térmicas e outras fontes para tentar suprir a demanda de energia, apontado como uma das ações do MME para os próximos meses, já vem sendo feita desde o final do ano passado e há avaliação interna que apenas essa iniciativa não será suficiente. O pedido de ‘uso racional da energia’ para a população pode ser um indicativo do que pode estar por vir ao longo dos próximos meses. Albuquerque negou veementemente a palavra racionamento, que assombrou muitos brasileiros no início dos anos 2000, mas encontra nesta segunda-feira Pedro Parente – ministro de Minas e Energia de FHC que ficou conhecido como ‘ministro do apagão’ por ter sido responsável à época por gerenciar a crise de energia. Segundo o BAF apurou, os dois devem conversar sobre estratégias para tentar evitar novos blecautes após o atual ministro ter sido alertado pela equipe técnica que talvez fosse necessário adotar medidas semelhantes as da época, como avaliar incentivos para que grandes consumidores diminuam seu consumo de energia. Há um óbvio receio de impacto na economia, que pode ser afetada por uma possibilidade de racionamento ou pelo encarecimento das contas de energia, mas também também paira uma cobrança política para solucionar o problema. Somar à pandemia e à crise econômica um desgaste com falta de luz e racionamento pode ajudar a entornar o caldo da popularidade do presidente e isso é, para o governo, inadmissível.

Equipe BAF – Direto de Brasília

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