O depoimento do diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, na CPI da Pandemia difere, e muito, da oitiva do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na semana passada. Enquanto Queiroga procurou, o tempo todo, se esquivar de dar respostas que pudessem ir de encontro ao pensamento do presidente Bolsonaro, Barra Torres não foge de nenhuma questão. Ele reconheceu que foi um erro acompanhar, sem máscara, o presidente num encontro com apoiadores em frente ao Palácio do Planalto, no ano passado, disse que a conduta de Bolsonaro difere da dele e deu várias respostas técnicas sobre questionamentos do motivo de, até agora, a Anvisa não ter autorizado o registro do imunizante Sputinik V. Depois de uma semana em que o governo saiu muito chamuscado dos depoimentos na CPI, a atuação de Barra Torres, até aqui, dá um certo alívio para o Palácio do Planalto.

Chico de Gois – Direto de Brasília