Parlamentares ouvidos pelo BAF avaliam que o aumento da popularidade de Jair Bolsonaro vai além do auxílio emergencial, benefício que o presidente terá dificuldade em se livrar. Para eles, a agenda de inaugurações, as viagens ao País (com ênfase no Nordeste) e o fim do “cercadinho” na porta do Palácio da Alvorada (situação em que Bolsonaro deixou de ir para o embate diário com os demais Poderes), ajudaram a melhorar sua avaliação. Segundo as fontes, hoje Bolsonaro estaria reeleito. “Agora que ele passou a falar menos, a popularidade cresceu”, resumiu um deputado do Centrão. Os parlamentares também observaram que não colou no presidente a responsabilidade pelas mais de 100 mil mortes pela Covid-19 e que Bolsonaro soube se distanciar das investigações envolvendo Fabrício Queiroz. Habilidosamente, o presidente se calou quando a imprensa noticiou que Queiroz fez outros depósitos para a primeira-dama. A tendência, apontam os parlamentares, é que aumente a pressão pela manutenção do auxílio-emergencial à medida que o benefício se aproxima do fim. “O populismo é encantador para o político e também para o eleitor, mas numa crise fiscal como essa, ele também frustra rápido”, observou outra figura importante do Centrão. A oposição avalia que o crescimento de Bolsonaro não é sustentável e aposta que, de volta ao presídio, Queiroz pode arranhar a imagem do presidente.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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