Não foi apenas a questão do aumento de poder e de valor nas emendas parlamentares e de relator que marcaram a votação do Orçamento de 2021. Quem conhece como funciona o Congresso aponta um ingrediente político forte na iniciativa: os parlamentares querem deixar o Executivo nas suas mãos. Ou seja: todo mundo sabe que o governo vai precisar de dinheiro para pagar dívidas impositivas, como benefícios previdenciários e abono salarial. E, para tanto, vai precisar pedir ao Congresso que aprove créditos extraordinários (por mais controverso que seja). E é aí que entram a política e as negociações, deixando o Congresso sempre como protagonista.