Resolvido o Orçamento de 2021, a Câmara começa a organizar suas prioridades para votação no primeiro semestre. Líderes ligados ao Centrão disseram ao BAF que devem andar nos próximos meses o PL dos Correios, a MP da Eletrobras (prevista para maio) e, no início da próxima semana, vão se reunir com o relator do Marco da Geração Distribuída, Lafayette de Andrada (REP/MG), para tentar fechar um acordo sobre o projeto. O Centrão não está satisfeito com a proposta de Lafayette e encampou a tese de Marcelo Ramos (PL/AM) de que o pobre não pode pagar pelo mais rico. A lista de prioridades da Casa inclui a revogação da Lei de Segurança Nacional, o projeto do superendividamento e a Loteria da Saúde. Ainda não estão no radar a MP da CSLL (sequer foi mencionada nas duas últimas semanas, mas pode ser incluída nas discussões), nem a proposição que muda o IGPM pelo IPCA nos contratos de aluguéis (o projeto empacou por conta do lobby dos setores que questionam a segurança jurídica da medida). Neste momento, líderes do Centrão na Câmara não discutem nenhuma proposta relacionada a congelamento de preço de medicamentos . IGPM e medicamentos são considerados “temas complicados”. Segundo fontes, o projeto do senador Otto Alencar (PSD/BA) – da suspensão do pagamento de crédito consignado – já teve pressão para votação há um tempo não tão distante, mas foi esquecido. As conversas sobre a Reforma Administrativa ainda estão no começo, por isso ela é vista como possibilidade para votação de mérito a partir do segundo semestre. “Só no segundo semestre ou no governo que vem”, ironizou um líder de Centro.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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