Integrantes dos serviços de meteorologia do governo afirmaram ao BAF que a corrida por acionamento de térmicas e tentativas de segurar água em reservatórios é falta de planejamento dos ministérios do Executivo, em especial do MME. Segundo fontes, a diminuição do índice pluviométrico é um processo de longo prazo e que, neste ano, as chuvas não estão muito fora da média do previsto pelas áreas técnicas – posição diferente do que tem dito o ONS, que cravou que a situação dos afluentes é a pior em mais de 90 anos. O problema, segundo eles, é falta de investimento no segmento de meteorologia e até mesmo a subutilização dos dados, que são muitas vezes deixados de lado no planejamento do MME em relação aos leilões futuros. Eles trabalham com a probabilidade de que a crise hídrica, causada por vários fatores tanto internos do Brasil quanto mudanças climáticas globais, deve se estender pelo menos até 2022. Por enquanto, o governo e o ONS seguem dizendo que as ações adotadas e planejadas – principalmente acionamento de térmicas, maior importação de energia de países vizinhos e flexibilização das restrições hidráulicas de usinas – são o suficiente para garantir fornecimento de energia e potência para este ano, sem necessidade de racionamento.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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