A negociação entre o governo e representantes da indústria para chegar a um acordo sobre a proposta de redução do consumo de energia do setor empacou. A previsão do MME era que o programa começasse já no início deste mês e não há previsão de quando possa começar a entrar em vigor. O problema é a dificuldade em coordenar interesses: o governo quer deslocar parte do consumo nos horários de pico. O Executivo tem defendido que a crise energética é de potência e não de energia, ou seja, é conseguir responder rapidamente a determinados picos de demanda. Por outro lado, a indústria só vai avaliar efetivamente diminuir a produção se valer a pena financeiramente. A maior parte dos grandes consumidores tem contratos no mercado livre de longo prazo, com preços mais baixos. A proposta estudada pelo governo era de que o deslocamento tivesse um prêmio, mas com um preço de megawatt hora muito superior ao que é negociado hoje no mercado livre, ou seja, não valeria a pena. Sem solução, o governo segue com as principais medidas tomadas para contornar a crise: despachos cada vez maiores de termelétricas e restrições na operação de usinas hidrelétricas para tentar acumular água nos reservatórios até o final do período seco.

Equipe BAF – Direto de Brasília

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