Na última semana, associações de postos de combustíveis e distribuidoras pressionaram o governo pela redução temporária da mistura de etanol na gasolina. A defesa é de que, ao reduzir de 27% para 18%, o Executivo poderia ajudar a diminuir o preço da gasolina em tendência de alta e questionaram o preço do combustível nos próximos meses com a quebra na safra da cana-de-açúcar e aumento nas importações do etanol. O setor sucroenergético reagiu e considerou o pedido um absurdo ao garantir que pelo menos 80% da oferta necessária para o próximo ano já está contratada, bem como pondera o impacto que a redução poderia ter nas emissões de carbono brasileiras. Nos bastidores, a preocupação dos usineiros de etanol está na possibilidade de se repetir o que aconteceu com os leilões de biodiesel: nos últimos dois certames, onde o governo interferiu para reduzir a mistura por conta do preço que o combustível teria, caso mantivessem o B13. Com perspectiva de aumento no valor do litro, reduziram e devem manter a redução para B10 até para o próximo leilão. Em recorrente descontentamento do presidente Jair Bolsonaro com o assunto, a mensagem que o governo tem passado é que o preço do combustível passou a ter um peso às vezes maior do que seus benefícios ambientais ou setoriais.

Equipe BAF – Direto de Brasília

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