Se confirmada a vitória de Joe Biden para a presidência dos Estados Unidos, a mudança de rumos no governo daquele país terá um grande impacto na política norte-americana no setor de energia. O democrata prometeu investir até US$ 2 trilhões em geração de energia renováveis e redução de emissão de carbono, especialmente da produção de shale gas, além da volta do país ao Acordo de Paris. A nova postura pode ser um empurrão para as empresas americanas do setor de óleo e gás sejam mais ousadas em ações que já vinham desenvolvendo por pressão da sociedade: Exxon e Chevron se comprometeram em reduzir apenas 10% de suas emissões nos próximos anos, enquanto empresas europeias querem ser zero-carbono até 2050. O movimento pode isolar a Petrobras no cenário ambiental e internacional: a empresa mantém investimentos pequenos para descarbonização, mas sem meta para reduzir a emissão de carbono. Enquanto grandes petroleiras do mundo investem em geração de energia renovável além das atividades de óleo e gás, o presidente da estatal, Castello Branco, disse no ano passado que a empresa não irá investir no setor só porque é uma “moda, uma onda”.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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