Procuradores da Operação Greenfield estão pedindo na Justiça o pagamento de R$ 3 bilhões por prejuízos do fundo Petros na compra de ações do Itaú. A ação de improbidade administrativa foi apresentada contra Luiz Roberto Ortiz Nascimento, empresário da Camargo Corrêa. O processo está relacionado à venda de ações do Itaú S.A., então pertencentes à construtora, para o fundo de pensão Petros. Segundo a assessoria do MPF “as manobras geraram prejuízo mínimo ao fundo de mais de R$422 milhões, em valores de 2010. O caso envolve a prática de gestão fraudulenta, corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de valores de instituição financeira e já foi denunciado – bem como aceito – na esfera criminal. Agora, a ação civil requer o pagamento de quase R$ 3 bilhões ao Executivo para o ressarcimento dos danos e reparação econômica e moral das vítimas. O montante equivale ao triplo do dano causado e foi atualizado em maio deste ano. As investigações revelaram que, entre 2009 e 2014, a Camargo Correa pretendia se desfazer completamente das ações que possuía da Itaú S.A., de forma a levantar recursos rapidamente e com o maior lucro possível. Acontece que o volume de papéis era muito grande e vendê-los em mercado aberto seria um processo muito demorado – no ritmo em que vinham sendo negociados, o resultado seria atingido em 5 mil dias”.
Severino Motta – Direto de Brasília
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