O governo está avaliando a criação de um gabinete de crise interministerial para acompanhar e tentar evitar maiores problemas com a crise hídrica na bacia do Rio Paraná, que abastece Furnas, Itaipu e outras grandes hidrelétricas. O governo decidiu flexibilizar a restrição de várias usinas para tentar preservar água nos rios e liberá-la quando for necessário nos picos de potência. A nota enviada pelo CMSE, órgão do MME para acompanhar o setor elétrico, tentou amenizar o assunto: chegou a se falar da possibilidade de racionamento de energia para evitar apagões – algo que, por enquanto, está descartado. Fontes do setor disseram ao BAF que a capacidade de geração de energia no cenário da maior seca para a região não será suficiente para a previsão de crescimento do País a partir de agosto, especialmente na região Sudeste e Centro-Oeste. Para piorar a situação, está previsto para esse período a desativação de alguns empreendimentos térmicos, como uma parada programada para manutenção do gasoduto Rota 1, que escoa gás natural produzido na Bacia de Santos. O comitê de crise poderia ajudar a estruturar, por exemplo, leilões emergenciais de termelétricas para suprir a necessidade do consumo que já vem sendo estudado pela Aneel. Independente de qual seja a saída, deve pressionar cada vez mais a conta de luz, seja por bandeira tarifária, seja por despachos fora da ordem de mérito.

Equipe BAF – Direto de Brasília

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