O relator da MP da capitalização da Eletrobrás, Elmar Nascimento (DEM-BA), quer a cisão de subsidiárias do grupo, como Chesf, Furnas e Eletronorte, para privatização direta. A ideia já tinha sido avaliada pelo governo Temer e pela atual equipe econômica, mas foi descartada pela dificuldade em aprovar um texto considerado mais ‘radical’ e com implementação mais demorada. A expectativa do parlamentar é que mudanças no texto sejam discutidas com lideranças durante o próximo mês e o texto final da MP seja apresentado no fim de abril. Outra proposta avaliada por Nascimento é garantir o uso do superávit de Itaipu, que seria alocada em uma nova estatal, para engordar os recursos da revitalização do Rio São Francisco ou da CDE. A posição de Elmar sobre a medida tem sido de morde e assopra: ao mesmo tempo que defende ser possível aprovar o fatiamento das subsidiárias no prazo da Medida Provisória, tem dito que a decisão final é do Congresso. Ele avalia que, se a discussão for muito extensa para a MP – instrumento escolhido pelo próprio governo -, não descarta que a matéria possa caducar, mas sem sua responsabilidade. Lideranças ouvidas pelo BAF no Senado veem pouca chance da proposta ser aceita entre os senadores. “Pedimos golden share para termos algum controle sobre as ações da Eletrobrás capitalizada, agora vamos vender as empresas para iniciativa privada terem controle de tudo? Não faz sentido”, disse um líder da bancada nordestina.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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