O ministério da Economia decidiu manter distância do que compreende como uma disputa entre Arthur Lira e Aguinaldo Ribeiro acerca da Reforma Tributária. Emissários de Paulo Guedes dizem que a reunião de ontem com Lira foi boa, mas nem arriscam palpite sobre a briga entre os dois parlamentares. Por um lado, acreditam que Ribeiro é muito ligado a Rodrigo Maia e a saída dele do páreo pode contribuir para o andamento da proposta. Por outro, temem ficar reféns de Lira nessa condução. Na Câmara, líderes não sabem ao certo como se dará a tramitação da reforma, uma vez que Lira deixou claro que pode fatiá-la, se for necessário, para se aprovar alguma coisa. No Senado, Rodrigo Pacheco sinalizou que não vai brigar para ter o texto votado primeiro pelos senadores. A percepção na Câmara é de que o Lira quer protagonizar sobre o tema e que o presidente da Câmara tenta “constranger” o relator para apresentação do texto. Ribeiro recebeu o ofício de Lira comunicando sobre o prazo de 3 de maio, também foi surpreendido no fim de semana pela decisão de desengavetar a reforma e até agora não se manifestou sobre a entrega do texto ou sua permanência na relatoria.

Mário Sérgio Lima e Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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