O ministro de Minas e Energia indicou hoje que o leilão remanescente da cessão onerosa, previsto para ocorrer no final do ano, deve contar com a iniciativa privada no máximo para sociedade com a Petrobras para exploração e produção nos campos de Sépia e Atapu. Ele acredita que a demonstração de preferência da estatal no leilão já é um bom sinal de que dificilmente alguma outra empresa estrangeira arrematará os campos – e que isso não significa um resultado negativo, já que a atuação irá gerar investimentos nos próximos anos. O governo passou o último ano tentando diminuir as incertezas sobre a compensação à Petrobras no leilão da cessão onerosa e, mesmo tendo definido com antecedência os valores que serão pagos, não parece estar animado com grandes participações de investidores estrangeiros. Outro indicativo é a derrubada do valor do bônus de assinatura em 70% do inicial para os dois campos em relação a 2019, oficialmente justificado pelo preço do barril do petróleo à longo prazo. A incerteza com a compensação à estatal brasileira foi elencado por muitos agentes do setor como motivo para que o leilão há dois anos tenha ficado de fora de investimentos de petroleiras privadas internacionais e contado, basicamente, com a presença da Petrobras e estatais chinesas.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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