Às vésperas do orçamento, ordem é não melindrar mais ainda o Congresso
Com a proximidade do anúncio de sanção ou veto, ainda que parcial, do Orçamento do ano passado, a equipe econômica decidiu, ao menos em recados por interlocutores, acalmar os ânimos do Congresso. Presidente Bolsonaro ainda não bateu o martelo em qual será sua decisão, embora há indícios de uma solução salomônica, mas que corre risco de sacrificar a responsabilidade fiscal. O presidente faria um veto, recomporia parte das despesas via projeto de lei, e teria às mãos créditos extraordinários para programas que façam frente aos riscos econômicos do aprofundamento da pandemia. Resta saber se a corda, de tão puxada no cabo de guerra, não ficou irremediavelmente esgarçada. Guedes tem evitado rebater os ataques que vêm do Congresso no momento, mas no centrão a boa vontade com o ministro está perto do fim.