O entorno de João Doria apostava na reavaliação rápida da Anvisa sobre a retomada dos estudos clínicos da Coronavac por causa da grande repercussão negativa que colocou em xeque a credibilidade da agência, tanto que até ontem à tarde não se cogitou judicializar a questão. A medida partiu da oposição e o STF deu 48 horas para a Anvisa se explicar. Para os articuladores do governador de São Paulo, a causa da morte do voluntário mostrava claramente que não havia correlação com a vacina experimental e quanto mais a agência demorasse para rever sua posição, pior seria para sua imagem. Aliados do governador dizem não acreditar que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pudesse interferir politicamente na Anvisa, mas também não acusam diretamente o presidente da República de ter pressionado neste sentido. Doria evitou o embate político público com Jair Bolsonaro e se manifestou apenas nas redes sociais. Segundo o tucano, a vacina é segura e isso ficou comprovado nos testes realizados até agora. O clima no governo paulista é de baixar as armas. Em entrevista mais cedo, o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, atribuiu o episódio a um “erro de comunicação”.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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