Na Procuradoria-Geral da República, há um grande ceticismo sobre a apuração preliminar aberta pelo PGR, Augusto Aras, em relação às supostas ‘rachadinhas’ no gabinete do então deputado, e hoje presidente da República, Jair Bolsonaro. Isso porque o procedimento, antes de passar pelo crivo do Judiciário, estará por completo nas mãos de Aras – que tem se mostrado bastante alinhado aos interesses da família presidencial. Dentro da PGR, procuradores ouvidos pelo BAF acreditam que a investigação preliminar é só uma forma de Aras dizer que não arquivou de imediato um caso contra o presidente e também uma forma de mostrar, mais uma vez, que está ao lado do clã num quase certo futuro arquivamento do caso. Ainda de acordo com procuradores, a movimentação de abertura de uma investigação preliminar e seu posterior arquivamento estariam dentro da estratégia de Aras para se cacifar a uma das vagas que serão abertas no STF durante a gestão de Bolsonaro.

Severino Motta – Direto de Brasília

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