Repercussão da entrevista de Paulo Marinho

(Reprodução)

Em momento de “namoro” com o governo de Jair Bolsonaro, o Centrão vem se esforçando para mostrar “compromisso” e impedir que a instabilidade política contamine agora o Congresso. Após a entrevista de Paulo Marinho, caciques do bloco disseram ao BAF não terem visto nada “bombástico” nas declarações e que o ex-aliado de Bolsonaro não apresentou provas. Apesar de a oposição estar mobilizada para criar uma CPMI que investigue o assunto, os líderes dizem que não cabe esse tipo de investigação no momento, tampouco conversas sobre abertura de processo de impeachment. Para eles, a saída de Sérgio Moro foi mais impactante que a entrevista de Marinho e nem por isso o cenário favorável ao governo no Congresso mudou na época. Num discurso ensaiado, eles pregam que o foco deve ser o combate ao coronavírus e, no pós-pandemia, iniciar as tratativas para apreciação da agenda de reformas, entre elas a Tributária. A ordem para os “novos governistas” é deixar o assunto correr no Judiciário e evitar o surgimento de mais um foco de tensão para o governo neste momento. “Não estamos nos esquivando, estamos protelando”, definiu um parlamentar do Centrão.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

18/05/2020 – 13:00

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