Líderes partidários no Senado se revezaram nesta tarde no apelo para que Davi Alcolumbre imponha um prazo para o fim das hostilidades do presidente Jair Bolsonaro e seu entorno contra as instituições. Os senadores questionaram Alcolumbre sobre o fim da postura passiva e “letárgica” em relação às declarações do presidente da República, e reclamaram que ele não pode toda semana “ir apagar incêndio” no outro lado da Praça dos Três Poderes. “Em algum momento tem de ser dito a ele (Bolsonaro) que não pode avançar mais”, disse Randolfe Rodrigues, líder da Rede. Pelo segundo dia consecutivo, Otto Alencar, líder do PSD, fez duras críticas ao tom beligerante dos últimos dias e cobrou de Alcolumbre interferir, chamando o Poder Executivo a responsabilidade. Líder do Podemos, Álvaro Dias, reclamou que é preciso “limites para as agressões diárias”. O presidente do Congresso, que esteve mais cedo no Palácio do Planalto, ouviu os discursos e agradeceu as manifestações. “Vamos com muita fé trabalhar pelo Brasil”, respondeu, sem dar detalhes sobre a conversa no Planalto. A preocupação dos senadores também se repete entre os líderes de bancada na Câmara e dirigentes partidários. “Frente a ataques feitos por minorias e seus representantes que enxergam na desarmonia entre os três Poderes uma forma de buscar saídas autoritárias para o País, o PSDB condena qualquer tentativa de ruptura institucional e seguirá atento e firme na defesa das liberdades dos brasileiros.”, escreveu o presidente do PSDB, Bruno Araújo, em nota.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
Copyright ©2020 Todos os direitos