Deputados e senadores avaliam que a prorrogação por mais alguns meses do auxílio emergencial para informais é necessária, mas consideram que os R$ 200 sugerido por Paulo Guedes é “muito pouco”, ou seja, se a proposta voltar a ser apreciada pelo Congresso, há chances de ser alterada. Em algumas ocasiões nas últimas semanas, Rodrigo Maia vem sinalizando que a prorrogação poderia voltar ao radar diante da falta de perspectiva sobre o fim da crise sanitária. Orlando Silva, relator da MP 936 e um dos parlamentares mais próximos de Maia, lembrou que a lei que instituiu o auxílio emergencial autorizou o Executivo a prorrogar o prazo do programa, mas sem alterar valores. “Para reduzir o valor do benefício o governo precisaria editar uma Medida Provisória ou enviar um projeto de lei. Duvido que no auge da pandemia o Congresso Nacional faça uma crueldade dessas com o povo brasileiro”, respondeu ao BAF. O auxílio foi uma iniciativa do Legislativo e desde o começo o Executivo defendia R$ 200, mas acabou cedendo e elevando o valor para R$ 600 quando percebeu que a proposta seria aprovada de qualquer maneira no Congresso. O deputado Luís Miranda (DEM-DF) já preparou um requerimento pedindo urgência para aprovação de um projeto que prorroga o auxílio de R$ 600 até dezembro.