Conhecida como ‘capitão cloroquina’, Mayra Pinheiro irá depor nesta terça-feira na CPI da Covid. Apesar de estar obrigada a responder a maior parte das perguntas, ela recebeu um salvo-conduto de Ricardo Lewandowski após idas e vindas de pedidos ao STF. Na Corte, a jurisprudência determina que depoentes têm o direito de ficar em silêncio sobre temas que possam levar à produção de provas contra si mesmo. Por isso, Lewandowski concedeu um habeas corpus para Eduardo Pazuello. No caso de Mayra, ele resolveu não adotar a jurisprudência e a obrigou a responder todas as perguntas. A decisão pegou de surpresa integrantes da Corte. Reservadamente alguns ministros disseram ao BAF que o ideal seria manter a jurisprudência. Sentindo o clima no STF, o próprio Lewandowski alterou sua decisão após novo pedido de Mayra. Nesta terça-feira ela terá de responder às perguntas dos senadores, mas poderá calar sobre dezembro de 2020 e janeiro de 2021 por haver sindicância que apura a prescrição de cloroquina dentro do chamado tratamento precoce.
Severino Motta – Direto de Brasília
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