A definição sobre a autonomia do Banco Central pode acabar, em grande medida, no interesse de Jair Bolsonaro. O grupo ligado à chamada “análise econômica do Direito”, que até a semana passada garantia ter maioria, está receoso sobre o voto de Cármen Lúcia. Ministros mais antigos desenham um cenário de possível empate, o que levaria a Kassio Nunes Marques (que deve se alinhar ao interesse do presidente da República) a uma espécie de voto de desempate. Pela autonomia do BC devem votar os ministros Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Luiz Fux e Alexandre de Moraes. No outro lado deve constar os ministros Ricardo Lewandowski, Edson Fachin, Rosa Weber, Marco Aurélio Mello e, possivelmente, Cármen. Neste cenário, Nunes Marques será definitivo. O julgamento será retomado no dia 25, mas um novo pedido de vista pode, mais uma vez, atrasar a decisão sobre o tema.
Severino Motta – Direto de Brasília
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