A presidência de Luiz Fux no STF deve ser pautada por três eixos: afastar o STF da política, trabalhar casos que aqueçam a economia e reforçar o combate à corrupção. Apesar dos planos, nos bastidores do Supremo seus pares dizem acreditar que dois dos três eixos do novo presidente não serão fáceis de se concretizar. Carioca e bem relacionado, Fux deve ter dificuldades em dissociar a corte de interesses do Executivo de Bolsonaro. No que diz respeito à corrupção, a Segunda Turma do STF, que trata dos casos da Lava Jato, pode receber Dias Toffoli, que fará maioria contra a operação junto de Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. A expectativa, dentro da Corte, é que a gestão de Fux acabe sendo marcada por decisões que visem estimular o crescimento econômico. Fux também não pretende se intrometer em pautas de costumes ou temas como a legalização de drogas. Por fim, magistrado de carreira, não irá apreciar casos que possam retirar penduricalhos que criam super-salários de juízes e nem suas férias de 60 dias anuais.
Severino Motta – Direto de Brasília
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