Apesar do desgaste público, Dias Toffoli não tem com o que se preocupar, no campo jurídico, com o pedido de abertura de inquérito com base na delação de Sérgio Cabral. No STF é aguardado até o fim de semana a manifestação de Augusto Aras para o arquivamento do caso, o que livra o ministro de investigações. Além disso, muitos ministros estão irritados com Edson Fachin, acreditam que ele não teve zelo na condução da delação e colocou a Corte numa posição frágil em meio ao turbulento momento que ela vive com os ataques bolsonaristas. Após a revelação do pedido de investigação feito pela PF, ministros da Corte chegaram a pensar na divulgação de uma nota em defesa do colega, mas acabaram optando por outra estratégia: aguardar os arquivamentos e depois, em manifestações pontuais, fazer críticas ao pedido de inquérito e à possibilidade da PF negociar delações.